Uma família que perde um filho é muito assediada, num primeiro momento, são os amigos, familiares, vizinhos, colegas, etc. A medida em que o tempo vai passando e as pessoas vão retomando sua rotina, “pois a vida continua” para todos, é que para a mae e os irmaos e familiares mais diretos, a realidade começa a se impor. As pessoas já não querem mais falar sobre o que aconteceu, como se não falando ajudasse a esquecer ou a não doer.
Ao contrário de outras perdas, o tempo, no caso da mae, no começo não é um bom aliado, e quanto mais os dias vão passando, mais aguda fica a dor da realidade. O tempo cronológico de perda não é o mesmo da assimilação. Dói ver a rotina sem o filho. A vida não é mais a mesma, ela não continua, ela recomeçou sem aquela pessoa, e com uma história interrompida. Nada é igual a família modifica, falta um prato na mesa, tem alguém que não entra mais pela porta dizendo “mãe cheguei”, ou “mãe, eu demorei”, ou ainda “o que tem para comer”. Não se escuta mais o mesmo barulho na casa,nem o mesmo entra sai de amigos, não há mais a televisão alta, nem folia, computador e nem video games...
É esta a realidade que machuca. É essa realidade que só se instala na casa e na vida de quem perdeu. Para a mae dói ir ao supermercado,na padaria e não comprar aquilo que estavam acostumados a fazer automaticamente, as coisas preferidas do filho. Dói colocar na mesa a comida que o Bruno amava comer, fazer o caminho da escola, chegar à hora do almoço. Anoitecer.Dói chegar nas datas comemorativas,como aniversário,pascoa,natal e saber que vc iria algo ,ben são estes os detalhes mais delicados de se lidar, e que passam despercebidos por quem não compartilha a rotina. Consolar talvez não seja o mais adequado, sugiro agüentar a dor do amigo, deixá-lo falar, respeitar seu silêncio, seu tempo. Não há consolo para esta situação. È necessário disponibilidade para estar perto sem ser invasivo, sem exigir uma reação imediata.
Quero conhecer pessoas que tiveram a mesma experiência e saber o que mudou... Para a morte de um filho não há cura, tratamento, nem alívio para a dor. A morte de um filho faz sofrer o coração até o fim. Fim que não chega nunca. Morre-se um pouco todos os dias. Enlouquece-se de dor, sem se perder a razão.
Dizem que mãe não deveria chorar a morte do filho, mas a dor desta perda é um pranto sem lágrimas, um lamento silencioso.
saudade muita Saudade...
Dor infindável...não existe remédio, não existe cura.
Aperta o peito, sufoca e faz com que a angustia domine o nosso ser.
Saudade resultado da distância, dói, mas tem cura ao rever a pessoinha que se ama.
Saudade de quem partiu sem data para se reencontrar, esta, mata aos poucos.
É um sentimento tão violento que arranca de dentro da gente a alegria das cores, o ar puro da natureza, a beleza da vida.
Saudade... dor profunda que vai até a alma da gente MAINHA TE AMA MEU FILHO VC FOI MEU ORGULHO BEIJÃO SAUDADE DE VOCE MEU FILHO QUERIDO TE AMAREI PARA SEMPRE....
Rosimeire, tens razão, quanto mais o tempo passa a dor se torna pior, ao contrário do que as pessoas dizem. Quando tentamos retomar a rotina, vem a certeza de que não há remédio para isso. Vemos o mundo continuando como se nada tivesse acontecido, e nós ali, vivendo essa ausência. Às vezes me sinto um et quando saio na rua, parece que todo mundo está feliz, que todo mundo tem uma vida normal e eu sou a única que sofre.
ResponderEliminarMeu filho partiu com uma leucemia repentina, que o levou em apenas 25 dias. Um menino forte, saudável, cheio de vida, de repente foi embora assim, sem mais nem menos. Toda a superproteção que eu tinha com ele parece que não valeu de nada, não dava para entender como uma criança que estava brincando, correndo, de repente estava numa cama de hospital com uma doença tão grave. Minha vida simplesmente acabou. Agora sobrevivo apenas, esperando o dia de reencontrá-lo no mundo espiritual.
Querida, obrigada pela mensagem no meu blog. Quem sabe dividindo nossas dores podemos tornar nossa vida mais suportável, pois não nos sentimos tão sós.
Beijos e fique com Deus