quarta-feira, 16 de março de 2011

ola, recebi uma mensagem de uma amiga que não vou citar seu nome. mas eu achei muito linda e interessante vou postar aqui? para compatilhar com vcs um grande beijo

Ontem almocei com uma grande amiga. Na primeira oportunidade em que nos encontramos no novo ano, já fui logo dando um abraço forte, porque ela é dessas pessoas em quem a gente pode confiar. Ela, que vem de uma família muito unida e feliz, começa 2011 com um desafio ousado e bonito: aprender a viver de forma alegre sem um ente muito próximo.

Seu irmão, de apenas 30 anos, se foi no fim do ano que ficou pra trás. Ela, que acabara de voltar à São Paulo da casa da família, me contou uma cena que até agora me faz ficar com um nó na garganta quando me lembro. Na noite de Natal, não houve festa como em todos os outros anos. Não teve casa enfeitada. Não havia o que comemorar. Apenas seu núcleo familiar fez uma refeição na noite de 24 de dezembro. A mesa, que sua mãe montou, tinha cinco lugares: do pai, da mãe, do irmão caçula, da minha amiga e do irmão que se foi.

Cinco lugares e quatro pessoas. E foi assim a noite de Natal. A mãe, questionada por colocar o prato do filho que não está mais vivo, respondeu enfática: ele sempre terá o lugar dele na nossa família. E assim foi.

Agora mesmo, escrevendo esse texto, as lágrimas me vêm aos olhos. Impossível, como mãe, não me comover com a dor dessa mulher. Não me parece justo. Não me parece natural. Por mais que pensemos que a morte faz parte de nosso caminho, de nossa história, a verdade é que poucas – ou até nenhuma – mãe está preparada para ver seu filho partir antes dela.

Eu, que acredito na doutrina espírita e me apego a valores que até me consolam sobre a morte, ainda sim me comovo pelas outras mães. Sei que o sofrimento é de toda a família. Até eu, que não conheci o moço, sinto pela morte dele quando penso. Mas, para a mãe, ahhh, minha gente. Essa deve ser uma dor sem tamanho. Não sei se essa é a ordem natural da vida. Se bem que, pensando melhor, a vida tem uma ordem?

E assim começa o meu dia, pensando no quão perene e sensível é a nossa passagem nesse mundo. Como diz minha amiga, a vida é um sopro. Em um instante, um coração saudável para de bater. É por isso que, depois de seu irmão ter partido, eu tenho ficado muito reflexiva no que eu quero pra mim e para os meus filhos. Porque cada momento é vida. Cada instante junto é algo a ser compartilhado.

Depois disso, reafirmei em mim a beleza dos pequenos momentos. Um passeio, mãos dadas, um carinho gratuito, um olho no olho. Não raras as vezes que deixo o computador de lado e me jogo no chão onde meus meninos estão brincando. Porque, cada dia que se passa é um dia a menos da gente juntos. Então, que saibamos aproveitar enquanto podemos olhá-los nos olhos, enquanto eles ainda cabem no nosso colo, enquanto aquelas barriguinhas sobem e descem com sua respiração. Que possamos nos permitir mais viver cada minuto da dádiva de ter esses tesouros. Porque um dia, cedo ou tarde, eles não estarão mais conosco.

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SOU A MÃE do BRUNO,UM RAPAZ QUE FOI MORAR COM DEUS, E DEIXOU TRISTEZA EM MEU CORAÇÃO..
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